Os Princípios Lógicos
Da Dedução
Ø Identidade
Ø Não Contradição
Ø Terceiro excluído
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Uma coisa é aquilo que é, não podendo tornar-se a sua própria negação.
Uma coisa não pode ser e não ser ao mesmo tempo, ou seja se a afirmação de uma coisa for verdadeira, a sua negação será necessariamente falsa.
Entre ser e não ser não há meio termo.
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Da Indução
ü Razão Suficiente
ü Causalidade
ü Determinismo
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Nada acontece sem uma causa ou razão suficiente que torne a sua existência compreensível.
Tudo tem que ter uma causa e, nas mesmas condições, as mesmas causas produzem os mesmos efeitos.
Entre os fenómenos da natureza existem leis necessárias de tal modo que cada um deles é rigorosamente condicionado por fenómenos anteriores.
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A Modalidade dos juízos
A relação entre os termos
de um juízo permite estabelecer três grandes famílias de juízos ou proposições:
categóricos, condicionais e disjuntivos.
Classes
de juízos
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Relação
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Forma
Lógica
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Categóricos
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Correspondência ou conveniência
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S é P
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Condicionais
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Condicional ou implicação
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Se S então P
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Disjuntivos
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Disjunção ou alternativa
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Ou S ou P
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Exemplos de juízos categóricos
* As
moscas são invertebradas
* António
é trabalhador
Exemplos de proposições ou juízos
condicionais
* Se
trabalhar, então ganho dinheiro.
* Se
tiver boas notas, então passo férias em Londres.
Exemplos de proposições ou juízos
disjuntivos
* Ou
estudo, ou me divirto.
* Ou vou
a Londres, ou vou a Paris.
O Juízo
Categórico
Os juízos categóricos expressam com clareza a
conveniência ou não conveniência de dados atributos ou predicados a
determinados sujeitos.
Têm uma
Forma que é: S é P
Sujeito –
ser ou conjunto de seres de que se fala.
Predicado –
Aquilo que se diz ou se atribui ao sujeito.
Estes juízos podem ser classificados quanto à
qualidade e à quantidade
O critério da qualidade permite, pois,
classificar os juízos em afirmativos e negativos
Ø
Afirmativos
Ø
Todos os
mamíferos são bons nadadores.
Ø
Alguns
alunos são aplicados.
Juízos afirmativos
(cópula) -
é, são)
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Exprimem uma relação de concordância entre
o sujeito e o predicado
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Todo o S é P
Algum S é P
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ü
São juízos negativos
ü
Os ácidos
não são bases
ü
Alguns gatos
não são perigosos
Juízos negativos
(cópula) - não é, não são)
|
Exprimem uma relação de não concordância entre o sujeito e o predicado
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Nenhum S é P
Algum S não é P
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Juízos Universais e Particulares
Este
critério permite classificar os juízos em universais e particulares
Exemplos:
v
Todos os
poetas são sonhadores
v
Nenhum homem
é máquina
Juízos Universais
|
Aqueles cujo predicado se afirma ou nega de
todo o sujeito
|
Todo o S é P
Nenhum S é P
|
Exemplos
v
Alguns
animais são mamíferos.
v
Alguns
livros não são maçadores.
Juízos
particulares
|
Aqueles cujo predicado se afirma ou nega
apenas de uma parte do sujeito
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Algum S é P
Algum S não é P
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As
proposições categóricas podem assumir quatro formas diferentes, consoante a
combinação da qualidade e da quantidade.
Tipos de
Proposição
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Formas
correspondentes
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A
|
Todos
…são…
|
E
|
Nenhum…é…
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I
|
Alguns
…são….
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O
|
Alguns
…não são….
|
Proposições tipo A são Universais
afirmativas.
Proposições tipo E são Universais negativas.
Proposições tipo I são Particulares
afirmativas.
Proposições tipo O são Particulares negativas.
Distribuição
dos termos nas proposições
A extensão de um conceito ou termo é a classe
ou conjunto de coisas por ele denotadas. Um termo é universal se se refere à
totalidade da classe denotada; é particular se se refere apenas a uma parte
dessa classe.
Como sabemos, qualquer juízo categórico é
constituído por dois termos: um que exerce
a função de sujeito e outro que exerce a função de predicado.
Qual a
extensão de cada um desses termos?
O quadro seguinte sintetiza a distribuição do
sujeito e do predicado nas proposições.
Tipos de Proposição
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Sujeito
|
Predicado
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A
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Distribuído
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Não distribuído
|
E
|
Distribuído
|
Distribuído
|
I
|
Não distribuído
|
Não distribuído
|
O
|
Não distribuído
|
Distribuído
|
Síntese - O sujeito está distribuído, nas
proposições universais, e não nas particulares.
O predicado está distribuído
nas proposições negativas e não nas afirmativas.
As
Principais Falácias
Ø A palavra falácia aplica-se para designar uma ideia equivocada, ou
falsa crença. Dizer que todos os homens são honestos é cometer uma falácia.
Ø A falácia designa um erro de raciocínio ou de argumentação. Neste
sentido, podemos dizer que um raciocínio inválido é uma falácia, diz-se
falacioso o argumento em que as premissas não sustentam a conclusão.
Ø Quando a falácia é cometida com o objectivo de fazer passar uma
afirmação falsa por verdadeira, há quem a designe por sofisma. Quando não se
comete premeditadamente a falácia, designa-se por paralogismo.
Ø Há falácias formais e não formais. Nesta unidade, iremos ocupar-nos apenas das formais, ou seja, daquelas que se cometem quando ao raciocinar,
não se cumprem as regras de inferência dedutiva.
Falácia Formal – Inferência inválida com a aparência de válida.
Comete-se quando se desrespeita uma das regras de inferência.
Verifique se compreendeu.
Segue-se um conjunto de argumentos falaciosos. Indique a regra ou
regras que foram violadas.
1.Todos os manuais escolares são livros que exigem concentração.
Alguns romances são livros que exigem concentração
Alguns romances são manuais escolares.
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4.Todas as cobras são rastejantes.
Algumas cobras são perigosas.
Alguns animais perigosos não são rastejantes.
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2.Alguns canários não são cantores.
Todos os canários são animais de estimação
Nenhum animal de estimação é cantor.
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5.Todos os rubis são pedras preciosas
Todas as esmeraldas são pedras preciosas.
Todos os rubis são esmeraldas.
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3.Nenhum filósofo é milionário.
Alguns artistas não são milionários
Alguns artistas não são filósofos
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6.Nenhum palhaço é feliz.
Alguns comediantes não são felizes.
Alguns comediantes não são palhaços.
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